sábado, 30 de maio de 2015


Filosofia: Dogmatismo do senso comum

   De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo intelectual. O sentido filosófico do termo dogmatismo é diferente do usado na religião.Filosoficamente, em contrapartida, o vocábulo dogmatismo significou primitivamente oposição. Tratava-se de uma oposição filosófica, isto é, de algo que se referia aos princípios. Por isso, o termo dogmático significou “relativo a uma doutrina” ou “fundado em princípios”. O dogmatismo é o conjunto de dogmas teológicos, isto é, de expressões bíblicas ou pertencentes à hierarquia mais alta da Igreja absolutamente indubitáveis.
  O dogmatismo filosófico pode ser entendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento. Desde a Antiguidade existem filósofos dogmáticos, como Parmênides (515 a.C.-445 a.C.), Platão e Aristóteles, e céticos, que se recusam a crer nas verdades estabelecidas.




   "Para mim o Dogmatismo é toda doutrina que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível, na filosofia é o pensamento contrário à corrente do ceticismo que contesta a possibilidade de conhecimento total da verdade.Para melhor compreensão Dogmatismo vem da palavra dogma que significa uma verdade seja ela adquirida pela razão e portanto racional ou adquirida pelo senso comum e portanto decretada não com o uso da razão, mas da emoção, dos fortes apelos emocionais. Agora a diferença existente entre dogmatismo filosófico e dogmatismo do senso comum, é que o primeiro, as verdades outorgadas passam anteriormente por uma série de questionamentos, indagações, revisões, críticas e será imposta mediante o uso da razão, mesmo que a emoção não compreenda tal feito. 
Dogmatismo do senso comum, é como o próprio nome já diz passa pelo puro senso do comum a todos, aqui não se faz o uso da razão, ou até se faz, mas ela não prevalece. Nesse caso a emoção é a voz da verdade. E as verdades ou falsidades para as teorias existentes são aceitas sem necessitar de uma pré-investigação, bastando a aceitabilidade de um conjunto de pessoas. E aqui devemos lembrar que nem sempre a maioria é a certa como já disse alguns filósofos. Por isso, o dogmatismo do censo comum se esbarra nesse conflito existencial no qual fica sujeito ao pensar de uma massa, que na maioria das vezes não é a pensante, mas a subordinada pelas autoridades pensamentárias." 




sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sobre raça


“Desde sempre” pessoas foram escravizadas sem a necessidade de uma explicação política, era-se sempre aprendido que cada um nascia destinado a um “lugar” na sociedade, e essa ideia atual de igualdade entre os homens não existia.
Porém em meados do séc. XVIII com o advento do iluminismo por um esforço concentrado de estudiosos, filósofos, cientistas etc. Acreditando que através da valorização da razão, iluminariam a escuridão representada até então pela ignorância, pela superstição, pelo preconceito, pelas intolerâncias políticas e religiosas, etc. Os quais impediam o aperfeiçoamento das instituições políticas e das possibilidades do espírito humano, surge então à ideia de igualdade entre os seres humanos, eriçando dentre outras coisas a luta contra a escravidão.
Até então a escravidão não precisava da segregação de “raças” para justificar-se. Nesta mesma época de transição entre os séculos XVIII e XIX quando se inicia a expansão imperialista europeia, ao mesmo tempo, está se consolidando no mundo a ideia de raça, é quando países como Inglaterra, Bélgica, Alemanha, etc. Buscam colonizar a Ásia e África. Porém neste mesmo momento histórico também há o surgimento da imprensa (de maneira mais comercial e acessível) que passa a exercer grande poder de “formar opiniões” no senso comum.
O imperialismo de forma geral precisava do estabelecimento do “mito” da raça, pois as expedições colonizadoras, não poderiam partir para dominação, sem o apoio da opinião pública europeia. Ora, se com o iluminismo introjetou-se o conceito de igualdade entre os seres humanos, como poderia justificar-se o domínio dos europeus sobre outros “povos”?
Simples! Todos os seres humanos eram iguais, porém não tão iguais. Existiam as raças! Neste “pensamento” favorável ao governo europeu, junto aos colonizadores foram levados, estudiosos, biólogos, antropólogos etc. Que ao chegar para o domínio, identificavam e classificavam tais raças. Mesmo que os indivíduos dominados não se identificassem como uma etnia, ou tribo, etc. Passavam a “agir” de tal forma, pois ao classifica-los, os europeus passaram a administra-los, distribuindo direitos e deveres junto ao processo de “civilização”, obrigando-os a encaixar-se e agir conforme a etnia que lhe foi designada, sendo agora conduzidos e limitados aos direitos cedidos pelos colonizadores europeus a essa ou aquela etnia. A partir deste momento a ideia de raça passa a ser difundida, determinando o lugar social de cada um. Se antes a escravidão era o determinante desse papel, passa agora o racismo a ser este fator de segregação.


"A medida que a escravidão desaparece no tempo, o racismo se fortalece nas consciências.                                                              ( Alexis de Tocqueville - A Democracia na América, 1835) 
 

                                                                                            Postado por: Arianne M. Bairros

terça-feira, 19 de maio de 2015

Psicologia das Raças.

"Psicologia das raças" no Brasil: uma intersecção histórica.

 A construção do Conceito de Raça e a Psicologia (...O advento das grandes navegações do século XVI e o encontro entre as civilizações até então estranhas uma à outra possibilitou ao homem ocidental as primeiras percepções da diversidade humana. São famosos os relatos dos viajantes que aportavam no novo mundo deslumbrados com aquelas estranhas formas de viver. O encontro levara o homem ocidental a novas concepções de vida, de mundo e sobre qual seria sua posição diante de tamanha diversidade. Em poucas palavras, conhecendo o outro, a razão ocidental transformou a si mesma.) 
É difícil encontrar um filósofo do século XIX que não tenha examinado a questão racial, mesmo que superficialmente. Fichte, por exemplo, no seu Discurso à Nação Alemã, procurava restituir a autoconfiança do povo alemão derrotado por Napoleão na batalha da Prússia, buscando justificar o fracasso de tal sorte que não colocasse em risco a credibilidade na pureza racial do seu povo (Mosca, 1975). Hegel, na sua Filosofia da História, publicada em 1837, conferia ao povo alemão a nobre missão de guiar a humanidade para o desenvolvimento civilizatório ideal, tal a superioridade do povo de sua nação.
Com relação ao Brasil,

 poderíamos chamar a atenção para a obra,
 do conde Joseph Arthur Gobineau,
 também embaixador da França,
 no país no final do século passado.







Seu escrito mais conhecido é o Ensaio Sobre a Desigualdade Das Raças Humanas, clássico da literatura racista mundial, publicada em quatro volumes entre 1853 e 1855. Nessa obra, o autor procura demonstrar que todos os acontecimentos vividos pela humanidade são produtos das lutas entre raças superiores e inferiores e dos cruzamentos ocorridos entre elas (Raeders, 1996). Além disso, classificava os grupos étnicos de acordo com as suas condições materiais e posição na pirâmide social: o poder da nobreza seria uma consequência direta de suas raízes arianas; a burguesia descenderia dos mestiços, mas ainda assim seria portadora de qualidades das raças fortes; e finalmente o escravo, descendente dos grupos semíticos e negros.



Dica de Livro:




Referencia: Artigo Cientifico sobre Psicologia das raças de  

Estudante. psicol. (Natal) May/Aug. 2005 Scielo. 




Por: Lauren Siqueira

sábado, 9 de maio de 2015

EDUCAÇÃO TEM COR?


Lei 10.639/03




 
    A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 – foi modificada em 2003 pela Lei 10.639/03, e trata da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no currículo para todos os sistemas e modalidades de ensino do País. Também essa Lei torna a data de 20 de novembro – o Dia da Consciência Negra – uma data comemorativa no País. Estas alterações da LDB são resultados de um longo processo, um processo árduo de muita luta do movimento negro brasileiro e que a partir de sua aplicação passa a dar uma total  relevância a educação racialmente inclusiva, mudando a historia da política educacional brasileira.
   O principal objetivo dessa Lei as é o de assegurar, reconhecer e valorizar o reconhecimento a identidade cultural negra, bem como o reconhecer a pluralidade étnico-racial, tentando assim identificar e superar manifestações de racismo, preconceitos e discriminações e como consequência, produzir nas instituições uma nova historia nas relações entre os diferentes grupos étnico-raciais.
    Essa  obrigatoriedade do estudo da cultura e história negra direciona o estudante a  pensar de uma forma crítica na questão do empoderamento cultural branco, exigindo que as formas de viver e “representar” dos grupos étnico-raciais excluídos saiam às claras na tentativa de minimizar os discursos e práticas racistas que tentam silenciar a cultura afro-brasileira. Isso é não só celebrar e incluir as diferenças, mas criar mecanismos e ferramentas para o enfrentamento diante de práticas racistas.
     Para além das salas de aula, essas políticas confrontam o imaginário social,  a democracia racial, a ideologia do branqueamento, ultrapassando as muralhas das instituições educacionais.
    Essa Lei vem trazer um novo caminho, através da educação escolar, para a reparação de anos de folclorização e apagamento da história e cultura afro-brasileira e africana em nossos currículos, vem para nos garantir uma ressignificação e valorização da cultura afro-brasileira, que é importante formadora de nossa diversidade cultural.



Postado por: Cido Terra

sábado, 2 de maio de 2015

Ceticismo religioso


 

Homer sobre O Homem Lá De Cima:
"Sei que nunca fui um homem muito religioso mas, se estiver aí em cima, por favor, me salve Super-Homem" (Pensador.uol /Millôr Fernandes /1923 - 2012).


  Como mostra no pensamento citado a cima o Ceticismo é um estado de quem duvida de tudo, de quem é descrente. Um individuo cético caracteriza-se por ter predisposição constante para a dúvida, para a incredulidade.


Ceticismo filosófico – uma postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma critica se o conhecimento e percepção que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro; (Dicionário informal/ 2008/SP).




 

sábado, 25 de abril de 2015

Do diálogo entre os saberes


Existe um grande senso de primazia entre os saberes citados por Mazzini na figura acima.
A religião que nos traz diferenciados pressupostos religiosos, de posicionamento dogmatista a partir de um conteúdo fundamentalmente metafísico.
A ciência baseada em suas leis, evidências, lógica, testes científicos, etc.
E a filosofia que busca investigar, analisar, discutir, refletir, etc. As inquietações e interpretações da realidade dadas de maneira geral, abstrata ou fundamental.
Estes três saberes buscam significar a vida em todas as suas conjunturas.
E embora tenham um “mesmo objetivo”, posicionam-se de maneiras distintas, numa contenda de argumentos inflexíveis.Quando despir-se de “dogmas”, e suscitar diálogos críticos seria incondicionalmente mais frutífero. Já que a humanidade em toda a sua História busca interminavelmente mitigar o sentido da vida. 

                                                                                              Postado por: Arianne M. Bairros

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Dogmatismo

Verdade, mais qual verdade?

Dogmatismo: toda a doutrina que afirma a capacidade do homen de atingir a verdade absoluta e indiscutivel. na religião correspondente de dogmas. Porem na Filosofia éo pensamento contrario ocorrente de ceticismo que contesta a possibilidade de conhecimento total da verdade!
                      De qual verdade estamos falando? sera que a sua verdade é a mesma que  minha,.....
       Pragmatismo: é uma doutrina filosofica cuja tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer nada mais é se não a soma dos ideais de todos os efeitos imaginários atribuídos por nos a esse objeto, que  que passou a ter um  efeito pratico qualquer. Ser pragmatico é ter seus objetivos bem definidos, é fugir do improviso.










https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic6NiveB9oMGcodns_F6866c8kIBTOi9vrvYR8-c-g86CfCf1SsnPZ_ZzLUw_RTwBShU-MJXuxQ4c7FIx0efn21KnL5KX6utDxQI3ow11B0wf_PScX_oW7nLE90uJHtrbKJKAF8hnyYIs/s1600/mafa2.png

Dogmatismo filosófico

O dogmatismo filosófico é a contestação do ceticismo, é quando as verdades são questionadas, para fazer com que os indivíduos não confiem e nem se tornem submissos perante as verdades estabelecidas. O dogmatismo filosófico pode ser compreendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questioná-la. Alguns dos filósofos dogmáticos mais conhecidos são Platão, Aristóteles e Parmênides.
Em termos filosóficos, a palavra dogmatismo inicialmente significava oposição, visto que era uma oposição filosófica, uma coisa referente aos princípios. Por esse motivo, a palavra "dogmático" significava "relativo a uma doutrina" ou "fundado em princípios".

Dica de livro : Dogmatismo e Tolerância - Rubem Alves


Escrito por: Lauren Taeti Siqueira

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Filme: Teus olhos meus - Análise do contexto psicológico



Título Original: Teus olhos meus (nacional)
Ano: 2011
Direção: Caio Sóh
Roteiro: Caio Sóh, Darciana Moreno Izel,
Elenco: Emílio Dantas, Remo Rocha, Paloma Duarte, Roberto Bomtempo, Jayme Matarazzo, Graziella Smichtt, Cláudio Lins, Juliana Lohmann, Gustavo Novaies, Gugu Peixoto.

Sinopse: E se a vida tropeçasse no destino? E se a felicidade fosse encontrada justamente em um lugar impossível de imaginar? Quanto podemos nos permitir ao novo sem medo de abandonar o passado? Gil é um jovem de 20 anos, questionador de si e do mundo, órfão criado pelos tios. Seu estilo de vida regado a violão, poesia e álcool, gera uma guerra familiar fazendo com que Gil vá embora de casa. Com o violão nas costas, sem rumo, dinheiro ou retaguarda de amigos, Gil conhece Otávio, um produtor musical que mudará seu destino para sempre.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-219401




     Teus olhos meus é um filme artístico, uma produção feita com poucos recursos, mas que teve várias indicações a diversos prêmios internacionais, pelo seu roteiro bem planejado e a trama muito bem elaborada. É um filme honesto, sem rodeios que retrata as relações humanas em formas distintas, buscando o passado juvenil, o presente caótico e a possibilidade futura em um momento mágico antes nunca vivido. Um filme muito bem elaborado, com harmonia entre enredo, trilha sonora e a forma como é filmado, até a câmera que por diversas vezes em várias cenas se movimenta de forma desordenada, os cortes abruptos, tudo nos leva a pensar na intencionalidade do autor por traz disso.
Para a Psicologia é de extrema importância observar o desenrolar das relações e como isso se dá no filme, onde o cenário e o roteiro são recheados de dicas sobre o próprio funcionamento psicológico dos personagens.
   O filme aborda a questão da homossexualidade com uma realidade nua e crua, apresentando assim para quem assiste uma nova perspectiva, sem preconceitos, puramente verdadeira. O quarto de Gil (personagem principal da trama) é a representação de toda a confusão mental em que vive. Com as paredes pixadas, com pensamentos e devaneios, ali estão presentes todas suas coisas, seu mundo interno e tudo que faz parte do seu desencontro com a vida. O filme apresenta também com muita realidade a questão das dependências químicas e como isso esta extremamente ligado ao funcionamento psíquico desestruturado dos personagens. Leila a tia de Gil, sofre de depressão e ansiedade, é fumante compulsiva e continua a morar com o esposo que a agride fisicamente. Gil por sua vez, e usuário de maconha e álcool.

     Em meio a poesias, letras e musica o filme retrata com muita sutileza a busca dos personagens sobre si mesmo e suas posições com relação à vida, a busca por um sentido, um preenchimento de certo vazio; que mais tarde é revelado no final do filme.
     O filme deixa clara a necessidade de se atentar para esses questionamentos. A forma como tudo ocorre e o fato dos envolvidos não saberem ao certo o que realmente se passa à sua volta nos faz pensar a importância (já em um contexto clínico) de uma boa investigação sobre a situação e sobre todas as relações que os rodeiam. Os personagens são um exemplo de que algo semelhante pode vir a acontecer na vida real e que o profissional diante de tal situação deve procurar entender qual a real situação entre os envolvidos, o que levou a tal situação. Quais as expectativas dos envolvidos com relação a isso? Quais são suas angustias? Seus anseios? Seus medos? E o que esperam diante da descoberta? Tudo deve ser levado em consideração e o profissional deve estar totalmente despido de todos os seus julgamentos e de tudo que possa leva-lo a interpretações errôneas e preconceitos.
     O profissional ou acadêmico que assiste a essa obra despido de preceitos e preconceitos é levado a pensar como tudo isso concorda harmoniosamente com as relações tempestuosas e confusões emocionais em que vivem os personagens. 

Postado por: Cido Terra

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Filosofia socrática da felicidade

“Até o advento da filosofia socrática, acreditava-se que a felicidade dependia dos desígnios dos deuses. Essa concepção religiosa da felicidade imperou durante muitos séculos e em diferentes culturas. No IV século antes de Cristo, Sócrates inaugura um paradigma a partir do qual buscar ser feliz é uma tarefa de responsabilidade do indivíduo, debatendo sobre a felicidade e pregando que a filosofia seria o caminho que conduziria a essa condição. Aristóteles continua a investigação de Sócrates, concluindo que todos os outros objetivos perseguidos pela humanidade – como a beleza, a riqueza, a saúde e o poder – eram meios de se atingir a felicidade, sendo esta última a única virtude buscada como um bem por si mesma. A partir do Iluminismo, a concepção de mundo no Ocidente começa a girar em torno da crença de que todo ser humano tem o direito de atingir a felicidade. Na mesma linha, o ideário da Revolução Francesa estabelece que o objetivo da sociedade deve ser a obtenção da felicidade de seus cidadãos (Csikszentmihalyi, 1990; McMahon, 2006).” (FERRAZ, 2007,234)
A felicidade é particular para cada ser humano, é uma questão muito individual. Mesmo que a ideia compartilhada entre a maior parte das pessoas seja que esse conceito é construído com saúde, amor, dinheiro, entre outros itens.
A filosofia que investiga e se dedica para definir e esclarecer as ideias do ser humano é excelente para refletir sobre a felicidade. E as primeiras reflexões de filosofia sobre ética continham o assunto felicidade, na Grécia antiga.
Para Sócrates essa ideia teve rumo novo, não havia relação da felicidade com somente satisfação dos desejos e necessidades do corpo, mas que o homem não é apenas corpo, e sim em principal, alma. Felicidade seria o bem da alma, através da conduta justa e virtuosa.
O ser humano quando é feliz é o primeiro a perceber. A questão de discutir a felicidade através da filosofia e reflexão é importante para que seja mais claro o caminho de encontro com a mesma, buscada por todos, e independente da época e sociedade em que se vive.


“Nos tempos atuais, a felicidade é considerada um valor tão precioso e indiscutível que, como um exemplo emblemático, podemos citar a Declaração de Independência dos EUA, que registra que ‘todo homem tem o direito inalienável à vida, à liberdade e à busca da felicidade’ (Lunt, 2004).” (FERRAZ, 2007,234)

 Postado por: Degivane de Souza Silva


quarta-feira, 18 de março de 2015

Sobre ser dominado

“Quanto mais intensa é a preocupação do indivíduo com o poder sobre as coisas, mais as coisas o dominarão, mais lhe faltarão os traços individuais genuínos, e mais a sua mente se transformará num autômato da Razão formalizada”. (HORKHEIMER, MAX, 2002, P. 134)

Não é incrível como o homem colocou-se no centro de tudo? Como o uso da razão facultou a fantasia do domínio sobre a natureza, e como tal quimera trouxe-nos aos dias atuais sendo mais dominados que dominantes?
A predominância da polis constituindo equilíbrio entre o estado e seus membros, indivíduos “moldados” a imagem do herói grego, sempre subordinados, ao desejo de adequarem-se aos arranjos da sociedade urbana, contrapondo muitas vezes suas condições econômicas e sociais, protagonizam a crise atual do indivíduo.
Se uma vez para a “raça helênica” o indivíduo ético que constitui a polis, precisa buscar o bem e para tal precisa ser homem, proprietário e aristocrata, onde poderíamos chegar se não nesta configuração de sociedade consumista em que vivemos? Se já na antiguidade o possuir era fator primordial para se fazer enxergar, para ser ouvido, para se ter poder de argumentação, para ser cidadão!
Mais tarde a era da livre empresa, trouxe a “sensação” de que individualidade era apenas satisfazer interesses materiais do indivíduo, poder-se-ia manter-se como ser social apenas satisfazendo seus próprios interesses individuais a longo prazo as custas de gratificações efêmeras imediatas. Tal indivíduo burguês não entendia-se como oposto ao coletivo, mas como parte de uma sociedade que só atingiria o mais alto grau de harmonia através da competição incondicional dos interesses individuais.
A espelho da sociedade helênica desenvolveu-se o ocidente. O desenvolvimento da indústria, da tecnologia e dos veículos de comunicação, fortaleceu o consumo de bens materiais com a concepção de preconizar o individuo como ser único, diferentes entre si. Porém tal concepção funciona de fato como um massificador de indivíduos, impondo e uniformizando o comportamento.
Cada vez mais, repetimos e imitamos as circunstâncias que nos rodeiam, sem perceber o quanto de fato abandonamos atributos intrínsecos em troca de nos assemelharmos a um padrão! A fim de nos adequarmos, nos enquadrarmos como membros de grupos, e organizações cada vez mais ordenados.

“Assim como a criança repete as palavras da mãe, e os mais jovens repetem maneiras grosseiras dos mais velhos que os submetem, assim também o alto-falante gigantesco da cultura industrial, berrando através da recreação comercializada e dos anúncios populares – que cada vez menos se distinguem uns dos outros – reduplicam infinitamente a superfície da realidade.” (HORKHEIMER, MAX, 2002, P. 146)

                                                            Postado por: Arianne M. Bairros

sexta-feira, 13 de março de 2015

quinta-feira, 5 de março de 2015

Razão - Objeto - Sujeito - Civilização



         E ae Galera?! Este blog foi criado com a finalidade de expor nossos conhecimentos teóricos sobre a filosofia aprendidos em sala, curiosidades, sínteses,filmes e livros sobre o assunto de Filosofia + Psicologia,aqui vamos postar toda semana  matérias sobre o assunto, e   é um prazer pra mim fazer a primeira postagem do nosso blog “Filosofia de Hoje” que é composto por seis (6) alunos de Psicologia do 5° Semestre da faculdade UNIGRAN CAPITAL eu sou a Lauren e vocês iram conhecendo o pessoal durante o mês, alunos do nosso querido Professor Dionatans Godoy, avaliados e ensinados por ele!
Quero compartilhar algo visto em sala e que tem me feito  muito sentido,espero que gostem!

        RAZÃO -> <-OBJETO                  
                                                        SUJEITO-><-CIVILIZAÇÃO 


      Se tivermos de fala de uma doença que afeta a razão, tal doença não deviria ser entendida como algo que tivesse abalado a razão em um determinado momento histórico,mais como algo inseparável da natureza da razão dentro da civilização tal como vimos até agora.A enfermidade da razão esta no fato de que ela nasceu do impulso do homem para dominar a natureza, e a sua “recuperação” depende da compreensão interna da natureza da doença original,e não de uma cura de  seus sintomas posteriores. A verdadeira critica da razão descobrira necessariamente os subtratos mais profundos da civilização e explorara a sua historia mais antiga. Desde os tempo em que a razão se tornou um instrumento para a dominação da natureza humana e extra-humana pelo homem  _quer dizer desde de suas próprias origens_ela tem se frustrado em sua intenção de descobrir a verdade. Isso deve ao próprio fato de que a razão transformou a natureza em um mero objeto e não pode assim descobrir sua própria marca e tal objeção, nos conceitos de matéria e de coisas, tanto quanto nos conceitos de deuses e espírito. Pode-se dizer que a loucura coletiva que hoje vagueia pelo mundo, desde os tempos de concentração ate as reações aparentemente inofensivas da cultura de massas, já a primeira vez em que ,calculadamente, o homem contemplou o mundo como uma presa. A paranoia a loucura que erige teorias de perseguições logicamente elaboradas não é apenas uma paranoia da razão, mais esta de algum modo presente em qualquer forma de razão que consiste na simples consecução de objetivos.
                                            Livro, eclipse da razão autor: MAX  HORKHEIMER pg 180 



       Sobre nosso trecho do texto acima, e que super-recomendo o livro, quero, expor uma síntese minha, construída em sala.
Creio que não se trate de uma doença, mais sim de um fato que fez parte da evolução de tal razão na civilização; Que retorna tal impulso de dominar a natureza para uma volta a “DOENÇA” original onde a razão não enxerga a sua origem dentro do “OBJETO’’ assim dito, natureza”.

Escrito por: Lauren Taeti Siqueira