“Até o advento da filosofia
socrática, acreditava-se que a felicidade dependia dos desígnios dos deuses.
Essa concepção religiosa da felicidade imperou durante muitos séculos e em
diferentes culturas. No IV século antes de Cristo, Sócrates inaugura um paradigma
a partir do qual buscar ser feliz é uma tarefa de responsabilidade do
indivíduo, debatendo sobre a felicidade e pregando que a filosofia seria o
caminho que conduziria a essa condição. Aristóteles continua a investigação de
Sócrates, concluindo que todos os outros objetivos perseguidos pela humanidade
– como a beleza, a riqueza, a saúde e o poder – eram meios de se atingir a
felicidade, sendo esta última a única virtude buscada como um bem por si mesma.
A partir do Iluminismo, a concepção de mundo no Ocidente começa a girar em
torno da crença de que todo ser humano tem o direito de atingir a felicidade.
Na mesma linha, o ideário da Revolução Francesa estabelece que o objetivo da
sociedade deve ser a obtenção da felicidade de seus cidadãos (Csikszentmihalyi,
1990; McMahon, 2006).” (FERRAZ, 2007,234)
A felicidade é
particular para cada ser humano, é uma questão muito individual. Mesmo que a
ideia compartilhada entre a maior parte das pessoas seja que esse conceito é
construído com saúde, amor, dinheiro, entre outros itens.
A filosofia que
investiga e se dedica para definir e esclarecer as ideias do ser humano é
excelente para refletir sobre a felicidade. E as primeiras reflexões de
filosofia sobre ética continham o assunto felicidade, na Grécia antiga.
Para Sócrates
essa ideia teve rumo novo, não havia relação da felicidade com somente
satisfação dos desejos e necessidades do corpo, mas que o homem não é apenas
corpo, e sim em principal, alma. Felicidade seria o bem da alma, através da
conduta justa e virtuosa.
O ser humano
quando é feliz é o primeiro a perceber. A questão de discutir a felicidade
através da filosofia e reflexão é importante para que seja mais claro o caminho
de encontro com a mesma, buscada por todos, e independente da época e sociedade
em que se vive.
“Nos tempos atuais, a felicidade é
considerada um valor tão precioso e indiscutível que, como um exemplo
emblemático, podemos citar a Declaração de Independência dos EUA, que registra
que ‘todo homem tem o direito inalienável à vida, à liberdade e à busca da
felicidade’ (Lunt, 2004).” (FERRAZ, 2007,234)
Postado por: Degivane
de Souza Silva