sábado, 30 de maio de 2015


Filosofia: Dogmatismo do senso comum

   De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo intelectual. O sentido filosófico do termo dogmatismo é diferente do usado na religião.Filosoficamente, em contrapartida, o vocábulo dogmatismo significou primitivamente oposição. Tratava-se de uma oposição filosófica, isto é, de algo que se referia aos princípios. Por isso, o termo dogmático significou “relativo a uma doutrina” ou “fundado em princípios”. O dogmatismo é o conjunto de dogmas teológicos, isto é, de expressões bíblicas ou pertencentes à hierarquia mais alta da Igreja absolutamente indubitáveis.
  O dogmatismo filosófico pode ser entendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento. Desde a Antiguidade existem filósofos dogmáticos, como Parmênides (515 a.C.-445 a.C.), Platão e Aristóteles, e céticos, que se recusam a crer nas verdades estabelecidas.




   "Para mim o Dogmatismo é toda doutrina que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível, na filosofia é o pensamento contrário à corrente do ceticismo que contesta a possibilidade de conhecimento total da verdade.Para melhor compreensão Dogmatismo vem da palavra dogma que significa uma verdade seja ela adquirida pela razão e portanto racional ou adquirida pelo senso comum e portanto decretada não com o uso da razão, mas da emoção, dos fortes apelos emocionais. Agora a diferença existente entre dogmatismo filosófico e dogmatismo do senso comum, é que o primeiro, as verdades outorgadas passam anteriormente por uma série de questionamentos, indagações, revisões, críticas e será imposta mediante o uso da razão, mesmo que a emoção não compreenda tal feito. 
Dogmatismo do senso comum, é como o próprio nome já diz passa pelo puro senso do comum a todos, aqui não se faz o uso da razão, ou até se faz, mas ela não prevalece. Nesse caso a emoção é a voz da verdade. E as verdades ou falsidades para as teorias existentes são aceitas sem necessitar de uma pré-investigação, bastando a aceitabilidade de um conjunto de pessoas. E aqui devemos lembrar que nem sempre a maioria é a certa como já disse alguns filósofos. Por isso, o dogmatismo do censo comum se esbarra nesse conflito existencial no qual fica sujeito ao pensar de uma massa, que na maioria das vezes não é a pensante, mas a subordinada pelas autoridades pensamentárias." 




sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sobre raça


“Desde sempre” pessoas foram escravizadas sem a necessidade de uma explicação política, era-se sempre aprendido que cada um nascia destinado a um “lugar” na sociedade, e essa ideia atual de igualdade entre os homens não existia.
Porém em meados do séc. XVIII com o advento do iluminismo por um esforço concentrado de estudiosos, filósofos, cientistas etc. Acreditando que através da valorização da razão, iluminariam a escuridão representada até então pela ignorância, pela superstição, pelo preconceito, pelas intolerâncias políticas e religiosas, etc. Os quais impediam o aperfeiçoamento das instituições políticas e das possibilidades do espírito humano, surge então à ideia de igualdade entre os seres humanos, eriçando dentre outras coisas a luta contra a escravidão.
Até então a escravidão não precisava da segregação de “raças” para justificar-se. Nesta mesma época de transição entre os séculos XVIII e XIX quando se inicia a expansão imperialista europeia, ao mesmo tempo, está se consolidando no mundo a ideia de raça, é quando países como Inglaterra, Bélgica, Alemanha, etc. Buscam colonizar a Ásia e África. Porém neste mesmo momento histórico também há o surgimento da imprensa (de maneira mais comercial e acessível) que passa a exercer grande poder de “formar opiniões” no senso comum.
O imperialismo de forma geral precisava do estabelecimento do “mito” da raça, pois as expedições colonizadoras, não poderiam partir para dominação, sem o apoio da opinião pública europeia. Ora, se com o iluminismo introjetou-se o conceito de igualdade entre os seres humanos, como poderia justificar-se o domínio dos europeus sobre outros “povos”?
Simples! Todos os seres humanos eram iguais, porém não tão iguais. Existiam as raças! Neste “pensamento” favorável ao governo europeu, junto aos colonizadores foram levados, estudiosos, biólogos, antropólogos etc. Que ao chegar para o domínio, identificavam e classificavam tais raças. Mesmo que os indivíduos dominados não se identificassem como uma etnia, ou tribo, etc. Passavam a “agir” de tal forma, pois ao classifica-los, os europeus passaram a administra-los, distribuindo direitos e deveres junto ao processo de “civilização”, obrigando-os a encaixar-se e agir conforme a etnia que lhe foi designada, sendo agora conduzidos e limitados aos direitos cedidos pelos colonizadores europeus a essa ou aquela etnia. A partir deste momento a ideia de raça passa a ser difundida, determinando o lugar social de cada um. Se antes a escravidão era o determinante desse papel, passa agora o racismo a ser este fator de segregação.


"A medida que a escravidão desaparece no tempo, o racismo se fortalece nas consciências.                                                              ( Alexis de Tocqueville - A Democracia na América, 1835) 
 

                                                                                            Postado por: Arianne M. Bairros

terça-feira, 19 de maio de 2015

Psicologia das Raças.

"Psicologia das raças" no Brasil: uma intersecção histórica.

 A construção do Conceito de Raça e a Psicologia (...O advento das grandes navegações do século XVI e o encontro entre as civilizações até então estranhas uma à outra possibilitou ao homem ocidental as primeiras percepções da diversidade humana. São famosos os relatos dos viajantes que aportavam no novo mundo deslumbrados com aquelas estranhas formas de viver. O encontro levara o homem ocidental a novas concepções de vida, de mundo e sobre qual seria sua posição diante de tamanha diversidade. Em poucas palavras, conhecendo o outro, a razão ocidental transformou a si mesma.) 
É difícil encontrar um filósofo do século XIX que não tenha examinado a questão racial, mesmo que superficialmente. Fichte, por exemplo, no seu Discurso à Nação Alemã, procurava restituir a autoconfiança do povo alemão derrotado por Napoleão na batalha da Prússia, buscando justificar o fracasso de tal sorte que não colocasse em risco a credibilidade na pureza racial do seu povo (Mosca, 1975). Hegel, na sua Filosofia da História, publicada em 1837, conferia ao povo alemão a nobre missão de guiar a humanidade para o desenvolvimento civilizatório ideal, tal a superioridade do povo de sua nação.
Com relação ao Brasil,

 poderíamos chamar a atenção para a obra,
 do conde Joseph Arthur Gobineau,
 também embaixador da França,
 no país no final do século passado.







Seu escrito mais conhecido é o Ensaio Sobre a Desigualdade Das Raças Humanas, clássico da literatura racista mundial, publicada em quatro volumes entre 1853 e 1855. Nessa obra, o autor procura demonstrar que todos os acontecimentos vividos pela humanidade são produtos das lutas entre raças superiores e inferiores e dos cruzamentos ocorridos entre elas (Raeders, 1996). Além disso, classificava os grupos étnicos de acordo com as suas condições materiais e posição na pirâmide social: o poder da nobreza seria uma consequência direta de suas raízes arianas; a burguesia descenderia dos mestiços, mas ainda assim seria portadora de qualidades das raças fortes; e finalmente o escravo, descendente dos grupos semíticos e negros.



Dica de Livro:




Referencia: Artigo Cientifico sobre Psicologia das raças de  

Estudante. psicol. (Natal) May/Aug. 2005 Scielo. 




Por: Lauren Siqueira

sábado, 9 de maio de 2015

EDUCAÇÃO TEM COR?


Lei 10.639/03




 
    A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 – foi modificada em 2003 pela Lei 10.639/03, e trata da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no currículo para todos os sistemas e modalidades de ensino do País. Também essa Lei torna a data de 20 de novembro – o Dia da Consciência Negra – uma data comemorativa no País. Estas alterações da LDB são resultados de um longo processo, um processo árduo de muita luta do movimento negro brasileiro e que a partir de sua aplicação passa a dar uma total  relevância a educação racialmente inclusiva, mudando a historia da política educacional brasileira.
   O principal objetivo dessa Lei as é o de assegurar, reconhecer e valorizar o reconhecimento a identidade cultural negra, bem como o reconhecer a pluralidade étnico-racial, tentando assim identificar e superar manifestações de racismo, preconceitos e discriminações e como consequência, produzir nas instituições uma nova historia nas relações entre os diferentes grupos étnico-raciais.
    Essa  obrigatoriedade do estudo da cultura e história negra direciona o estudante a  pensar de uma forma crítica na questão do empoderamento cultural branco, exigindo que as formas de viver e “representar” dos grupos étnico-raciais excluídos saiam às claras na tentativa de minimizar os discursos e práticas racistas que tentam silenciar a cultura afro-brasileira. Isso é não só celebrar e incluir as diferenças, mas criar mecanismos e ferramentas para o enfrentamento diante de práticas racistas.
     Para além das salas de aula, essas políticas confrontam o imaginário social,  a democracia racial, a ideologia do branqueamento, ultrapassando as muralhas das instituições educacionais.
    Essa Lei vem trazer um novo caminho, através da educação escolar, para a reparação de anos de folclorização e apagamento da história e cultura afro-brasileira e africana em nossos currículos, vem para nos garantir uma ressignificação e valorização da cultura afro-brasileira, que é importante formadora de nossa diversidade cultural.



Postado por: Cido Terra

sábado, 2 de maio de 2015

Ceticismo religioso


 

Homer sobre O Homem Lá De Cima:
"Sei que nunca fui um homem muito religioso mas, se estiver aí em cima, por favor, me salve Super-Homem" (Pensador.uol /Millôr Fernandes /1923 - 2012).


  Como mostra no pensamento citado a cima o Ceticismo é um estado de quem duvida de tudo, de quem é descrente. Um individuo cético caracteriza-se por ter predisposição constante para a dúvida, para a incredulidade.


Ceticismo filosófico – uma postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma critica se o conhecimento e percepção que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro; (Dicionário informal/ 2008/SP).




 

sábado, 25 de abril de 2015

Do diálogo entre os saberes


Existe um grande senso de primazia entre os saberes citados por Mazzini na figura acima.
A religião que nos traz diferenciados pressupostos religiosos, de posicionamento dogmatista a partir de um conteúdo fundamentalmente metafísico.
A ciência baseada em suas leis, evidências, lógica, testes científicos, etc.
E a filosofia que busca investigar, analisar, discutir, refletir, etc. As inquietações e interpretações da realidade dadas de maneira geral, abstrata ou fundamental.
Estes três saberes buscam significar a vida em todas as suas conjunturas.
E embora tenham um “mesmo objetivo”, posicionam-se de maneiras distintas, numa contenda de argumentos inflexíveis.Quando despir-se de “dogmas”, e suscitar diálogos críticos seria incondicionalmente mais frutífero. Já que a humanidade em toda a sua História busca interminavelmente mitigar o sentido da vida. 

                                                                                              Postado por: Arianne M. Bairros

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Dogmatismo

Verdade, mais qual verdade?

Dogmatismo: toda a doutrina que afirma a capacidade do homen de atingir a verdade absoluta e indiscutivel. na religião correspondente de dogmas. Porem na Filosofia éo pensamento contrario ocorrente de ceticismo que contesta a possibilidade de conhecimento total da verdade!
                      De qual verdade estamos falando? sera que a sua verdade é a mesma que  minha,.....
       Pragmatismo: é uma doutrina filosofica cuja tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer nada mais é se não a soma dos ideais de todos os efeitos imaginários atribuídos por nos a esse objeto, que  que passou a ter um  efeito pratico qualquer. Ser pragmatico é ter seus objetivos bem definidos, é fugir do improviso.










https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic6NiveB9oMGcodns_F6866c8kIBTOi9vrvYR8-c-g86CfCf1SsnPZ_ZzLUw_RTwBShU-MJXuxQ4c7FIx0efn21KnL5KX6utDxQI3ow11B0wf_PScX_oW7nLE90uJHtrbKJKAF8hnyYIs/s1600/mafa2.png

Dogmatismo filosófico

O dogmatismo filosófico é a contestação do ceticismo, é quando as verdades são questionadas, para fazer com que os indivíduos não confiem e nem se tornem submissos perante as verdades estabelecidas. O dogmatismo filosófico pode ser compreendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questioná-la. Alguns dos filósofos dogmáticos mais conhecidos são Platão, Aristóteles e Parmênides.
Em termos filosóficos, a palavra dogmatismo inicialmente significava oposição, visto que era uma oposição filosófica, uma coisa referente aos princípios. Por esse motivo, a palavra "dogmático" significava "relativo a uma doutrina" ou "fundado em princípios".

Dica de livro : Dogmatismo e Tolerância - Rubem Alves


Escrito por: Lauren Taeti Siqueira